Paixões de adolescencia. Começam do nada e acabam em nada porque nao valem nada, a nao ser enquanto duram, as vezes com a vida mais curta do que uma mosca.
Paixoes impossiveis, que nos tiram o sono e o apetite, nos poem a contar as estrelas e a escrever poemas pirosos, nos fazem rezar mesmo quando ja deixamos de ir á missa desde os doze, nos adoçam o coração e o olhar e enchem a almofada de agua salgada quando as coisas correm mal, ou pior ainda, nao correm.
[Margarida Rebelo Pinto]